quarta-feira, 31 de julho de 2013

E o calhorda insensível e desumanizado não saíu de cena sem deixar o País armadilhado!...






Tiro de misericórdia


No último dia como ministro das Finanças, Vítor Gaspar assinou um decreto que pode liquidar a vida de, pelo menos, 3 milhões de portugueses.    Esse decreto determina que o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (que geria uma carteira de 10 mil milhões de euros)  "terá de adquirir 4,5 mil milhões de euros de dívida soberana".
 
Sabendo-se que o referido fundo foi criado como reserva para assegurar, em caso de colapso do Estado, os direitos dos reformados, pensionistas, desempregados e afins durante dois anos (segundo o articulado de lei de bases), o golpe em perspectiva representa o risco de uma descomunal tragédia entre nós.
 
Lembremos que dos rendimentos dos seniores vivem hoje gerações de filhos e netos seus, sem emprego, sem recursos, sem amparo, sem futuro.    Lembremos ainda que os últimos governos têm sido useiros no desvio de verbas da Segurança Social para pagamentos de despesas correntes  - "o que qualquer medíocre gestor de fundos sabe que não se deve fazer", comenta, a propósito, Nicolau Santos no "Expresso".    Em 2010, dos 223,4 milhões de euros que deviam ser transferidos para o fundo em causa, o executivo apenas entregou 1,3 milhões.
 
Após ter semidestruído Portugal economicamente, socialmente, familiarmente, psicologicamente, com total impunidade e arrogância, Vítor Gaspar deixa, ao escapar-se, apontado um tiro de misericórdia aos idosos (e não só), depois de os ter desgraçado com o seu implacável autismo governamental.   

Sindicatos, partidos, oposições, igrejas, comentadores, economistas, intelectuais meteram, por sua vez, a viola no saco ante mais esta infâmia  -  entretanto, os papagaios de serviço aterrorizam as populações com a insustentabilidade da Segurança Social.

(Fernando Dacosta,  Jornal "I" em 25 Jul 2013)
 
 

sábado, 20 de julho de 2013

Assim falava o galaró de Massamá... do governo que então criticava!



E foi assim, com todo este discurso totalmente contrário ao que agora (e desde há 2 anos) vem praticando, que um aldrabão impreparado e mal intencionado ganhou as eleições.   E foi com este discurso que um irresponsável  casmurro e teimoso, sem qualquer passado político notável e com graves tiques de ditador, construiu uma campanha eleitoral baseada na mentira e se atirou ao "pote" com toda a gana e maldade que hoje lhe conhecemos.   E foi assim que, imbuídos de boa fé e acreditando cegamente neste discurso, o povo foi às urnas e lhe deu a maioria dos votos.   O mesmo povo que, logo a seguir, o galaró atraiçoou sem qualquer hesitação, "cagando" em tudo aquilo que durante meses havia prometido não fazer.  
 
Por isso, o governo deste galaró não tem mais hoje qualquer legitimidade - já há muito que não representa a vontade do povo que nele votou;  já não tem essa maioria dos votos que o levou ao "pote".   Apesar de sustentado por uma "falsa" maioria parlamentar, não tem, jamais, a confiança do povo que o elegeu.

Urge, por isso, terminar de vez com o poder maléfico (que ainda detém) de um governo moribundo e infecto,  ainda para mais de chefia agora bicéfala e perigosamente doentia!




quinta-feira, 18 de julho de 2013

O PESADELO !!!





 
Não me recordo de um Presidente, na II República, ter sido criticado com tanta veemência e haver sido objecto de tantos enxovalhos como este dr. Cavaco que nos coube no infortúnio.   
 
Pelos vistos e feitos, tem tripudiado sobre a natureza da função, denegrido as características de "independência" constitucionais que jurou defender e resguardar, e tomar atitudes de soba com a displicência de quem não tem satisfações a dar.    A sua presença em Belém tem sido assinalada por uma série de disparates, incúrias, pequeninas vinganças, intrigas baratas, aldrabices indolentes como a das falsas escutas.    O pobre homem, por lacuna cultural e outras, não está hipotecado aos princípios republicanos que o 25 de Abril reanimou, embora fugazmente.    Pertence a outra vigília, a outra aposta, e a um passado vazio de sentido histórico.    Não soubemos evitar o triste incidente do seu surgimento, que se tornou uma pavorosa ameaça.   
 
Nada, ou pouco mais do que nada, se lhe pode aduzir, politicamente, em seu abono.    Onde toca, dificulta ou emaranha.   
 
(Extrato da crónica de Batista Bastos no DN)
 
 

sábado, 6 de julho de 2013

Cavaco forçou a união entre água e fogo. E agora?






Em tempos de míngua profunda, o povo fica mais atento às elites, que julga com dureza.    Os últimos dias em Portugal tornaram a fuga de Durão Barroso para o conforto de Bruxelas uma brincadeira inofensiva.
 
A crise política tem como protagonista o actor do costume – Paulo Portas.    Que importa o sofrimento dos portugueses nestes dois longos anos?    Com este espetáculo mundial, para Portas ficou claro que muito pouco.
Pode um homem de Estado ceder a estados de alma?    Claro que não.    Paulo Portas, para surpresa de Cavaco Silva que o julgava regenerado, disparou mais uma vez sem piedade.    Desta, o tiro saiu-lhe pela culatra.    Passos Coelho fez da obstinação qualidade e não cedeu à queda.    Portas passou a ser apontado como responsável pelo radical agravamento da crise.

Mas ser obstinado é no Primeiro-Ministro geralmente um defeito.   Cada vez mais fechado na sua redoma, Passos Coelho dá laivos de homem tocado pela divindade.    Com missão bíblica.    No seu delírio de líder, Passos não admite mais do que um grilo falante, agora Poiares Maduro.    E nisto Portas tem razão – um primeiro-ministro não pode planar em nuvens de absoluto com ouvidos de virgem.
 
Mas a histeria política de Portas ressoará na memória dos portugueses, e Passos não deixará de ser quem é.    Cavaco forçou a união entre água e fogo. E agora?
Se Portas não conseguir tirar miríades de coelhos duma nova cartilha económica, Cavaco ficará cunhado para sempre no nosso destino.

(Octávio Ribeiro, CM)


 

terça-feira, 2 de julho de 2013

E agora, paspalho arrogante, que vais fazer a seguir? Qual é o teu passo seguinte?





E agora?...

Claro que, de ti, já tudo se pode esperar - até mesmo continuar como se nada tivesse mudado.   Ceguinho que nem uma porta por imaturidade política e obcecado pelo poder, viras mais uma vez as costas ao óbvio e continuas em frente.   Incapaz de reconhecer a dimensão das asneiras que fizeste durante dois anos, incapaz de reconhecer que já não tens (como há muito não tinhas) condições para continuar a governar, incapaz de reconhecer que olhas em volta e estás sozinho, que já não tens o apoio do povo, novos e velhos, que tens espezinhado, que já não tens o apoio do teu parceiro de coligação, do teu próprio partido e até mesmo do teu próprio governo, teimoso e irresponsável como és irás querer continuar como se nada tivesse mudado.   E o mais incrível - com a ajuda incondicional de uma "múmia" ainda mais ceguinha do que tu!
 
Miserável, que tiveste na mão, durante dois anos, a possibilidade de reabilitar os escombros deste País que outros se haviam encarregado de destruir.   E rejeitaste obstinadamente essa oportunidade.   Com um povo inteirinho a dar-te essa oportunidade, apesar de todos os sacrifícios exigíveis e não exigíveis a que o submeteste.
 
Sabes...    não passas de um garoto!    O teu governo não passa de um bando de garotos!   Tem, ao menos, a dignidade de apresentar uma moção de confiança no Parlamento e vai-te embora.   Toda a gente está farta de ti, da tua cara, dos teus modos e do teu governo.  
 
Olha...    faz o que aconselhaste aos jovens - EMIGRA!!!


Em tempo de desalento... esta fantástica homenagem a Portugal e ao seu talento!



"Canção do Mar" - aqui magistralmente interpretada por duas jovens russas, Pelagia e Elmira Kalimullina,  actuando num programa de talentos de uma cadeia de TV russa.   Amália Rodrigues foi a sua criadora, todavia esta interpretação copia a de Dulce Pontes, qualquer delas bem representativa do enorme talento português!   Admirável é, também, a capacidade das russas apreenderem tão fielmente a língua portuguesa (de Portugal).




A escolha, só por si, reflete bem o desnorte de um primeiro-ministro inapto e acabado!





O rosto da incompetência, da imaturidade e da teimosia...

 
«Trocar Vítor Gaspar por Maria Luís Albuquerque não é mudar de política.    É trocar um obstinado com poder por uma obstinada sem poder.    A obstinação não é em si mesmo um problema, mas num Governo em que Passos Coelho nunca mandou nem deixou mandar, quem mandará agora?    A troika, ainda e sempre?    Ninguém?»    (Pedro Santos Guerreiro, Negócios)
 
«A escolha de Maria Luís Albuquerque para sucessora do ministro das Finanças é uma cabal demonstração de que o governo está a viver os seus últimos dias.    O envolvimento da secretária de Estado no escândalo dos swaps faria dela a última hipótese para o cargo, se vivêssemos tempos normais.    Como qualquer primeiro-ministro na decadência, Passos Coelho já não tem outra margem de manobra senão recrutar no seu círculo íntimo.    Infelizmente para todos nós, a queda do governo será uma excelente desintoxicação, mas não resolverá o problema na raiz  -  o PS de Seguro terá de se confrontar com os mesmos loucos que governam a Europa, o mesmo euro disfuncional e a sua margem de mudança será, infelizmente, reduzida.»   (Ana Sá Lopes, Jornal I)