sábado, 28 de abril de 2012

Momentos idos... esquecidos.


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Tu que és vida, cor, encanto e música,
desafio, tranquilidade, doçura e sedução,
amora fresca que pinta de rosa minha boca,
visão do paraíso, essência do amor e da paixão,
fome e sede em um tempo só, imensidão do mar,
céu estrelado, cheiro a maresia e terra molhada,
praia de areias quentes, nuvem mensageira,
o brilho dos teus olhos é fulgor na madrugada.

Tu que és ternura e beleza, loucura, saudade,
murmúrio de fantasia, suspiro de amor,
luz do luar, meiguice e dom da natureza,
jardim perfumado, campo aberto em flor,
água pura da fonte, renda de linho, singeleza,
trazes contigo a esperança e a melodia
do teu corpo belo de menina e de mulher
que tem no ritual do amor toda a magia.

Tu que és rosa, orquídea e flor silvestre,
brisa fresca em manhã de primavera,
perfume de giesta, aroma de urze campestre,
gota de orvalho em meus dedos inquietos,
deixa-me sentir a ternura dos teus beijos,
sonhar contigo as madrugadas do amor
e enlear-me nos teus braços, todo entregue
à volúpia do sentir os teus desejos.

E deixo o pensamento à solta
abrindo clareiras de imaginação!
Quanto mais longe de ti mais perto…
que este aperto permanente no peito
é a Verdade que me vem de dentro!
Não se ouve, não se explica nem se entende…
mas nem precisa de demonstração!

E já que não posso ter-te aqui e agora
e fazer amor contigo até ser dia,
a ti, passarinho chilreando na folhagem,
eu canto este amor em poesia!

(Março, 2001)
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